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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nanotubos de carbono são bons para tecnologia, não para suas células

Redação do Diário da Saúde
Nanopartículas nas células
Um estudo de toxicidade realizado por biólogos e médicos das universidades de Indiana e Purdue (EUA) concluiu que as nanopartículas de carbono podem ter efeitos danosos sobre as células vivas.
Nanotubos de carbono são bons para a tecnologia, não para você
A pesquisa mostrou que as nanopartículas 
de carbono não matam as células renais, 
elas afetam o seu funcionamento.
[Imagem: Wikipedia]

As nanopartículas de carbono - nanotubos e outros materiais de uma classe conhecida como fulerenos - têm uma importância crescente na eletrônica e mesmo na medicina.
Os pesquisadores estudaram exposições em concentrações dessas nanopartículas que simularam a exposição a um aparelho eletrônico que usa as nanopartículas em sua tecnologia, a morar perto de uma fábrica de nanopartículas de carbono e, finalmente, a trabalhar diretamente com elas.
Nanopartículas nos rins
O impacto sobre o corpo humano foi medido usando células do néfron renal, uma estrutura tubular dentro dos rins responsável pela produção da urina.
Os pesquisadores concluíram que a presença das nanopartículas de carbono nessa parte do corpo é significativa e preocupante, sobretudo porque é esta parte do organismo que seria responsável por eliminar o material estranho do corpo.
"Ao contrário de muitos outros estudos, nós usamos baixas concentrações de nanopartículas de carbono, que são típicas do que pode aparecer no corpo depois de ingeri-los por contaminação ambiental ou mesmo respirar ar com as nanopartículas," disse a Dra. Bonnie Blazer-Yost, coordenadora do estudo.
A pesquisa mostrou que as nanopartículas não matam as células, elas afetam o seu funcionamento.
Barreiras biológicas
"Descobrimos que essas partículas minúsculas causam vazamento no revestimento celular do néfron renal," explica a bióloga.
"O rompimento dessa barreira biológica nos preocupa porque as coisas que deveriam ser retidas na urina podem vazar de volta para a corrente sanguínea e as coisas no sangue podem vazar para a urina. Substâncias biológicas normais, assim como resíduos de produtos, são perigosos se forem onde não deveriam ir," completou.
As barreiras biológicas são importantes em todo o corpo humano, estando presentes na pele, nos pulmões, intestinos, rins, no cérebro etc. Sua quebra pode produzir impactos negativos, embora a pesquisa não tenha prosseguido em busca de eventuais efeitos danosos.
"Nós precisamos prosseguir o estudo para ver como as nanopartículas vão se comportar em outras partes do corpo, como elas podem afetar a expressão de proteínas, assim como o que acontece quando elas cruzam as barreiras biológicas," concluiu a pesquisadora.
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Reflexão:

Essa matéria já fora veiculada em post anterior só que em língua inglesa.
Tais informações devem nos alertar sobre os perigos do uso indiscriminado de nanopartículas em todos os produtos. O Brasil será sede de um laboratório bi-nacional com a China, devemos cobrar as autoridades para que também criem um laboratório de estudos de toxicidades, avaliação de riscos e contaminações, legiferar sobre normas e padrões; precisamos de REGULAMENTAÇÃO. Aqui poderiam entrar a Anvisa o Inmetro o nosso moroso parlamento e a nossa manifestação (ENGAJAMENTO). Do contrário, tendemos a criar uma "Nano Fukushima".