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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UEPG encaminha seu primeiro pedido de patente internacional_base de grafeno


A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) encaminhou seu primeiro pedido de patente internacional. Os pesquisadores da UEPG desenvolveram um produto com base no grafeno (material 100 vezes mais resistente que o aço). O produto possui aplicabilidade direta nas indústrias petrolífera (reduzindo o risco de vazamentos por ruptura de dutos), siderúrgica, metalúrgica, de gás e biocombustíveis, e pode se prestar também para uso médico, biomédico e hospitalar.


A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) encaminhou seu primeiro pedido de patente internacional. Os pesquisadores da UEPG desenvolveram um produto com base no grafeno (material 100 vezes mais resistente que o aço). O produto possui aplicabilidade direta nas indústrias petrolífera, siderúrgica, metalúrgica, de gás e biocombustíveis, e estendido a outros sistemas construtivos, com uso médico, biomédico e hospitalar.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) encaminhou seu primeiro pedido de patente internacional. Os pesquisadores da UEPG desenvolveram um produto com base no grafeno (material 100 vezes mais resistente que o aço). O produto possui aplicabilidade direta nas indústrias petrolífera, siderúrgica, metalúrgica, de gás e biocombustíveis, e estendido a outros sistemas construtivos, com uso médico, biomédico e hospitalar.


O documento foi protocolado em 4 de novembro, via PCT (Patent Cooperatinon Treaty), na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO), em Genebra (Suíça), pela Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi) da universidade. O resultado poderá sair dentro de quatro meses, após averiguação sobre a existência de estudos ou produtos semelhantes em todo o mundo.


Os pesquisadores responsáveis pelo produto são André Luiz Moreira de Carvalho (Departamento de Engenharia de Materiais) e Nádia Khaled Zurba (bolsista pós-doc da Capes). Para o reitor da UEPG, João Carlos Gomes, a pesquisa fortalece a instituição e evidencia sua política de modernização de infraestrutura, valorização dos pesquisadores e incentivo à inovação tecnológica. “Nossa preocupação é dar respaldo aos pesquisadores”, disse.


O produto desenvolvido poderá ser usado em equipamentos no campo do petróleo, em sistemas risers (dutos) submarinos (offshore) de águas ultraprofundas (superior a 1.500 m) ou sistemas terrestres (onshore). “Essa tecnologia poderá ser utilizada, por exemplo, na exploração do pré-sal”, comenta o professor André Luiz. O grafeno pode ser usado na composição de aços microfilados, tipicamente usados na indústria petrolífera. “Com isso, poderia se reduzir significativamente o risco de acidentes com vazamento de óleo, devido à ruptura de dutos”, explica. 


GRAFENO – Nádia Khaled explicou que experimentos com o grafeno, material desenvolvido em laboratório em 2004, renderam o prêmio Nobel de Física aos pesquisadores russos André Geim e Konstantin Novoslevov, no ano passado. “Hoje, esse material é investigado no mundo todo, em várias frentes de aplicação”, diz. 


O material é o mais fino já obtido (apenas um átomo de espessura) e o mais resistente (mais que diamante). É condutor de eletricidade tão bom quanto o cobre, e propagador de calor melhor do que qualquer outro material. A exploração de suas propriedades permite obtenção de novos materiais (a exemplo da pesquisa desenvolvida na UEPG) e a produção de componentes eletrônicos inovadores. 


A investigação na UEPG envolveu a adição de nanofolhas de grafeno na composição de aços usados na indústria do petróleo. Segundo os pesquisadores, esta solução técnica visa melhorar a integridade estrutural dos dutos e sistemas risers, de modo que, quando produzidos de acordo com o exclusivo método de fabricação patenteado, possam apresentar qualidades superiores, comparados com aqueles sem grafeno. “Os primeiros resultados experimentais de preparação e caracterização dos novos aços à base de grafeno, realizados no Laboratório Multiusuário (LabMu) da UEPG, demonstraram ser muito promissores e já estão sendo encaminhados para publicação científica”, explica Nádia. 


DIREITOS – O diretor da Agipi, João Irineu Resende de Miranda (professor do Departamento de Direito das Relações Sociais), explica que o pedido de patente protege a invenção contra o uso indevido por terceiros ou contrafação (produção sem autorização de que detém a propriedade intelectual), no âmbito nacional ou internacional. “No caso da pesquisa desenvolvida na UEPG este cuidado é redobrado, uma vez ela se insere no setor energético, cuja cadeia produtiva brasileira é uma das que mais investe em inovação”. 


O depósito de pedido de patente, registrado no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), em julho, no Brasil, e internacionalmente via PCT, na Suíça, resguarda a propriedade intelectual da pesquisa. Segundo João Irineu, a partir de resultado positivo, abrem-se excelentes perspectivas de inserção desse produto na Europa, Japão, China e, principalmente, nos Estados Unidos, o mercado de maior peso no contexto mundial. “Com o registro de patentes, pode-se licenciar os direitos para empresas estrangeiras”, completa.


Fonte: Agência de Notícias do Paraná