Pesquisar este blog

Translate

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia a "funcionar em pleno" só em 2014


Braga, 30 mai (Lusa) - O diretor do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia apontou 2014 como data para o instituto "funcionar em pleno", admitiu "cortes" no financiamento e afirmou que Portugal e Espanha "mostraram" ser "capazes" de erguer "um dos melhores laboratórios do mundo".

Em entrevista à Agência Lusa, José Rivas explicou ainda que
a adesão de novos países ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) "é uma decisão de Estado que cabe a Portugal e Espanha".

Alvo de um
protocolo em 2005, pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior portugueses e o da educação e Ciência espanhol, o INL é o resultado de uma aposta no "reforço e na cooperação científica e tecnológica", nomeadamente nas áreas de nanociência e nanotecnologia, entre os dois países.

O INL foi "desenhado" para abarcar nos seus quadros 400 pessoas, das quais 200 "exclusivamente" investigadores profissionais. Atualmente, e um ano e meio após entrar em funcionamento,
o INL conta com "cerca de 80 investigadores" de 19 nacionalidades.
"Contamos estar a trabalhar em plena força apenas em 2014. Não é fácil encontrar talento de excelência", explicou assim José Rivas, referindo-se ao facto de o "quadro de pessoal" do INL estar ainda "a meio".

Além disso, apontou, "nesta fase inicial as preocupações vão ainda para a construção das estruturas e para a aquisição de equipamentos" o que, afirmou, "consome muitos recursos financeiros".

O financiamento do INL está a cargo dos dois Estados fundadores, Portugal e Espanha,
que, explicou o diretor, "comparticipam em partes iguais o orçamento do instituto, assim como asseguram em partes iguais as verbas que permitem aceder a fundos comunitários".

Confrontado com a possibilidade de "cortes" orçamentais, José Rivas afirmou que "é natural que assim aconteça".

Para o professor, "numa altura em que ambos países atravessam uma complicada crise económica é natural que haja cortes no financiamento a projetos como o INL".

Mas, lembrou, "da última Cimeira Ibérica saíram sinais positivos de aposta no projeto" com ambos os governos a concordarem dar um "impulso conjunto adicional" ao INL.
Até porque, afirmou, "Portugal e Espanha mostraram ser capazes de erguer um dos melhores laboratórios do mundo" pelo que disse acreditar "que ambos estão firmes no propósito de fazer com que tudo corra bem".

Questionado sobre para quando estaria prevista a adesão de um novo Estado ao INL, objetivo previsto nos estatutos do instituto, Rivas explicou que "não depende do INL".

Segundo explicou, "
cabe aos Estados fundadores o convite ou aceitação de um novo parceiro para o laboratório pelo que essa é uma decisão governamental".

O INL tem uma área de 47 mil metros quadrados das quais "se destacam" a Sala Limpa e os Laboratórios de Alta Precisão, e dedica-se a quatro áreas "estratégicas" de investigação: nano medicina, meio ambiente e controlo alimentário, materiais com nano eletrónica e manipulação molecular de pequenos instrumentos a nível químico.

"Estamos a fazer investigação de ponta ao nível do que melhor se faz no mundo", garantiu José Rivas.
JYCR
Lusa/Fim