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terça-feira, 10 de julho de 2012

Campinas consolida posição de maior centro de tecnologia do Brasil

CNPEM

Com três grandes polos, município concentra cerca de 50 filiais das 500 maiores empresas do mundo e responde por10%da produção da indústria nacional


A entrada em funcionamento de seu 3º polo de tecnologia no iníciodeste ano torna Campinas—e seu entorno composto por mais 19 municípios — o mais sofisticado centro de pesquisa e desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação do país. Graças aos três, afirma Luiz Carlos Rocha Gaspar, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Polos de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec).

Campinas deve a eles o fato de contar com uma concentração de mais de 50 filiais das 500 maiores empresas do mundo e é responsável por 10% da produção industrial nacional (inferior apenas a de São Paulo, Rio e Minas Gerais) em setores tão diversificados como o automotivo, têxtil, metalúrgico, alimentício, petroquímico farmacêutico, telecomunicações, eletroeletrônicos, informática, química fina, mobiliário e cerâmica. “O Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento de Empresas (Nade) da Ciatec, que abriga empresas nascentes e projetos de empreendimentos de cunho tecnológico, por suas características, constitui-se hoje em uma verdadeira incubadora de base tecnológica”, orgulha-se Gaspar.

Com este terceiro empreendimento o município quer atrair mais empresas, firmar sua vocação para planejamento e execução de políticas de ciência e tecnologia, e ampliar os mais de 5mil empregos diretos gerados por seus três polos – os dois primeiros polos receberam investimentos de cerca de US$ 1 bilhão da iniciativa privada desde 1985. Nada menos que 13 instituições de ensino superior e três incubadoras tecnológicas— que atuam em parceria com as empresas privadas — destacam-se nos três polos tecnológicos campineiros.

Dentre estas, aponta Gaspar, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), mantido com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e aberto a usuários do Brasil e do exterior, oferece condições para os cientistas realizarem pesquisas com nível de competitividade mundial. Nele realizam-se os principais experimentos no país, nas áreas de física, química, engenharia dos materiais, meio ambiente e ciências da vida. O CNPEM é responsável pelos laboratórios nacionais de Biociências (LNBio), de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e de Nanotecnologia (LNNano).

Também o Laboratório Nacional de Luz Sincroton (LNLS), montado num dos polos, é um exemplo de vanguarda tecnológica da cidade e no continente. Produz microscópios eletrônicos de alta resolução, de varredura de ponta, e espectrômetros de ressonância magnética nuclear. Parceira das mais importantes destes polos, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp acompanha a montagem de atémeia centena de empresas “nascentes” ao mesmo tempo.

Por seu lado, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (CPqD) montado para buscar inovação em tecnologias de informação e comunicação (TICs) possui hoje o maior programa de pesquisa e desenvolvimento da América Latina. Parte de sua ação é bancada por recursos de fundos governamentais federais para ciência e tecnologia, mas a maior parte de seus investimentos é feita com recursos próprios, provenientes dos royalties de inovações suas aproveitadas pelas indústrias e da prestação de serviços de consultoria. O CPqD é a instituição não acadêmica de pesquisa que mais requer registro de software no país e a segunda que mais solicita registro de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Funcionando dentro do complexo do CPqD — um de seus principais acionistas — a PadTec, fornecedora de soluções para redes de longa distância e especializada em sistemas de comunicação ótica é responsável pela implantação da rede de fibras óticas do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Desta forma, Campinas consolidou sua posição de vanguarda como maior centro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nacional, uma vocação que cultiva há mais de 200 anos, quando o Imperador D. Pedro II fundou o Instituto Agronômico de Campinas— reconhecido internacionalmente pelas pesquisas e desenvolvimento de sementes e espécies.

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais