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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Avanço da nanotecnologia é tema de debate do Senai-SP na Bienal do Livro

Flávia Dias,
Agência Indusnet Fiesp


Palestrantes abordam a importância da união entre o setor produtivo e acadêmico para formação de mão de obra capacitada





Oswaldo Luiz Alves, professor titular do Instituto de Química da Unicamp.
O Brasil tem uma posição de destaque na área de nanotecnologia, mas precisa investir na formação de mão de obra. Esta é a opinião do professor titular do Instituto de Química da Unicamp, Oswaldo Luiz Alves.
Ele participou neste sábado (11/08), no Anhembi,  da mesa de debate “Os avanços da Nanotecnologia”, iniciativa das editoras do Sesi-SP e Senai-SP durante a 22ª Bienal Internacional do Livro.
O evento, coordenado pelo gerente de inovação do Senai-SP, Oswaldo Lahoz Maia, contou também com a participação do professor do Instituto de Química da Unicamp, Juliano Alves Bonacink, e do diretor da SAE Brasil seção São Paulo, Ricardo Takeo Kuwabara.
Durante sua explanação, Oswaldo Luiz Alves afirmou que nos próximos anos o Brasil terá que superar grandes desafios na área social, indústria e educacional para expandir os avanços na área de nanotecnologia.
O Brasil têm grandes chances de nesta área, mas nós temos que fazer escolhas. Nós não vamos fazer a nanotecnologia da Alemanha, muito provavelmente nós não vamos fazer a nanotecnologia dos Estados Unidos. Nós temos que achar problemas onde nós tenhamos vantagens competitivas”, alertou Alves.

Ricardo Takeo Kuwabara, diretor da SAE Brasil seção São Paulo
Neste sentido, o diretor da SAE Brasil seção São Paulo, Ricardo Takeo Kuwabara alertou sobre a importância da conscientização da população sobre a aplicação da nanotecnologia.
“[De nada vale] Se a gente não explicar para a população, nas escolas do ensino primário, ginásio e técnico, isso que está começando no Senai-SP, explicando o que é nanotecnologia e os seus fenômenos. Isso é o que precisa ser feito”, afirmou.
Capacitação profissional
De acordo com o professor do Instituto de Química da Unicamp, Juliano Alves Bonacink, a falta de mão de obra especializada é um grande empecilho para os avanços da área de nanotecnologia. Segundo o docente, a parceria entre o setor acadêmico é necessária para reverter esse quadro: “Não adiante ter as máquinas se você não tem pessoas capacitadas. Em alguns setores nós temos uma instrumentação muito boa. O que às vezes falta são pessoas qualificadas”, avaliou.
Bonacink acredita que a iniciativa do Senai-SP, de promover o estudo da nanotecnologia – por meio de cinco escolas móveis de Nanotecnologia -  na formação básica  dos estudantes, deve ser seguida por outras instituições e órgãos governamentais.

Professor do Instituto de Química da Unicamp, Juliano Alves Bonacink.
“Os jovens têm que começar a pensar em tecnologia, no desenvolvimento de ações a médio e longo prazo, para poder ingressar numa universidade ou entrar numa empresa sempre levando este espírito de inovação. Então eu acho que esse seria um ponto diferencial”, disse Bonacink.
As Escolas Móveis de Nanotecnologia do Senai-SP são as primeiras do Brasil. Atualmente, a entidade já tem duas em operação, mas o projeto de atuação na área contempla um total de cinco. As escolas móveis têm como objetivo disseminar os conceitos de nanotecnologia, além de oferecer capacitação profissional e informação tecnológica a alunos dos ensinos fundamental, médio, técnico e tecnólogo (superior).
Após o encerramento da palestra, os convidados participaram do lançamento do livro “Nanomundo”, resultado do esforço de diversos especialistas das áreas acadêmica e empresarial e do Senai-SP, responsável pela organização do conteúdo técnico.
No debate da esquerda para a direita: Oswaldo Luiz Alves, Professor Titular do Instituto de Quimica da Unicamp; Osvaldo Lahoz Maia, Gerente de Inovacao e Tecnologia do Senai-SP; Juliano Alves Bonacin, Professor do Instituto de Quimica da Unicamp; Ricardo Takeo Kuwabara, diretor da SAE Brasil.


Fonte: FIESP