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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

INPI divulga estudo sobre patentes de nanotecnologia na indústria têxtil

biodiversidade
O INPI, por meio de seu Centro de Disseminação da Informação Tecnológica, divulga mais um estudo sobre Nanotecnologia. Desta vez, sobre as patentes envolvendo nanotecnologia aplicada à indústria têxtil e publicadas até julho de 2011.
Foi observado que os depositantes norte-americanos se destacam, com 29 pedidos de patentes, seguidos dos brasileiros, com 11 pedidos. Dos 44 titulares identificados, 71% são empresas privadas, 11% universidades públicas e 9% são pessoas físicas.
As duas funcionalidades mais reivindicadas são as que utilizam a nanotecnologia para resultar em têxteis com características antimicrobianas e com maior resistência ao rasgo e ao desgaste, correspondendo a aproximadamente 54% de todos os pedidos.
Não existe uma concentração da tecnologia em uma única empresa, visto que a Du Pont, que é a principal depositante, apresenta apenas 10% do total de pedidos.
Entre os pedidos com prioridade brasileira, observa-se que o depositante com maior número de pedidos é a empresa Sanolin, seguida da Universidade de São Paulo. Dos 11 titulares de pedidos em nanotêxteis brasileiros, oito são de São Paulo, um de Minas Gerais e uma do Distrito Federal.
Para acessar o estudo, clique aqui.


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Veiculo aqui a conclusão do estudo das páginas 27 a 28:
"6 ConclusãoA Indústria Têxtil no Brasil constitui o sexto maior parque têxtil do mundo (Sant’ Anna 2007) e este setor é caracterizado por ser muito competitivo e apresentar grande comoditização dos produtos. Assim, a inovação torna-se muito importante para agregar valor a estes produtos. A nanotecnologia, por ser uma área tecnológica recente, ainda apresenta diversas oportunidades de aplicação no setor têxtil que não foram estudadas.
O estudo teve como objetivo mapear as possíveis inovações que possam vir a chegar ao mercado brasileiro, a partir do levantamento dos pedidos de patentes em nanotêxteis no Brasil. 
Foram recuperados 60 pedidos de patente de nanotêxteis depositados no Brasil. Uma análise do número de pedidos por períodos de 5 anos mostrou um salto de 22 pedidos, no período de 2000-2004, para 35, de 2005 a 2009, permitindo concluir que esta tecnologia ainda é nova e que existe um interesse crescente por nanotecnologia aplicada a têxteis. A maioria desses pedidos (67%) ainda está em andamento no INPI; desses, 95% ainda não tiveram o primeiro exame realizado no INPI, principalmente porque são pedidos muito recentes.
Em relação aos titulares desses pedidos, ou seja, aqueles que podem vir a comercializar ou licenciar estes produtos no mercado brasileiro, não existe uma concentração da tecnologia em uma única empresa, visto que a Du Pont, que é a principal depositante, apresenta apenas 10% do total de pedidos.
Ao analisar o país de origem de todos os titulares de pedidos de patente em Nanotêxteis depositados no Brasil, observa-se que os norte americanos se destacam com 29 pedidos de patente, seguido dos brasileiros com 11 pedidos, o que provavelmente significa maior número de desenvolvimento da tecnologia nos Estados Unidos da América.
Quanto à natureza dos titulares, observou-se que dos 44 titulares identificados, 71% são empresas privadas, 11% universidades públicas 9% são pessoas físicas. A probabilidade destas invenções serem lançadas no mercado é grande tendo em vista que as empresas privadas dispõem, mais provavelmente, dos recursos para transformar essas invenções em inovações.
Em relação ao conteúdo dos pedidos de patente em nanotêxteis depositados no Brasil, o presente estudo mostra que as duas funcionalidades mais reivindicadas são as que usam a nanotecnologia para obter têxteis com características antimicrobianas e com maior resistência ao rasgo e ao desgaste, correspondendo a aproximadamente 54% de todos os pedidos analisados.
Quanto aos materiais em escala nano, observa-se que são utilizadas principalmente nanopartículas de prata, nanotubos de carbono e nanofibras em geral.
Dos 60 pedidos de patente, 11 foram depositados por brasileiros. A análise desses pedidos reflete os resultados de P&D destes depositantes, no período estudado.
Observa-se que o primeiro depósito com prioridade brasileira deu-se somente em 2006 e apresentou um crescimento em 2007 e 2008. Desses pedidos, 82% ainda estão em andamento e nenhum teve seu exame de mérito realizado pelo INPI.
A empresa com maior número de depósitos é a Sanolin (3 pedidos), seguida da USP com 2 pedidos. O restante dos depositantes apresentou 1 pedido apenas cada. Dos 11 titulares de pedidos em nanotêxteis brasileiros 8 são de São Paulo, 1 de Minas Gerais, e 1 do Distrito Federal.
Avaliando a natureza destes depositantes conclui-se que, ao contrário do cenário geral de depósitos no Brasil onde os titulares são principalmente empresas privadas, os pedidos de patentes de residentes no Brasil são principalmente de universidades públicas e pessoas físicasAs Empresas contabilizam apenas 2 pedidos, 18% do total. 
Em relação à funcionalidade conferida ao têxtil pela nanotecnologia observa-se que mais de 50% dos pedidos de patentes analisados estão relacionados a tecnologias que conferem aos tecidos novas funcionalidades, especialmente aquelas relacionadas à atividade antimicrobiana.
Desdobramentos possíveis para o presente trabalho
A base de dados de patentes elaborada poderá ser utilizada para diversos desdobramentos futuros deste estudo. Tais desdobramentos poderão englobar estudos mais detalhados das tecnologias em nanotecnologia têxtil, avaliando os gargalos para sua produção e possíveis soluções tecnológicas. Poderão também ser desenvolvidos trabalhos para analisar os documentos citados por aqueles já presentes na base de dados elaborada e estudos prospectivos com a participação de membros da academia, governo e setor empresarial para discussão do tema. Outro desdobramento seria a avaliação do patenteamento em nível mundial, a fim de verificar as tecnologias que estão sendo desenvolvidas no setor."