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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Com a nanotecnologia, produtor tem equipamento de baixo custo para irrigação

Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil

São Carlos (SP) – Uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores brasileiros responderá perguntas recorrentes de produtores rurais sobre quando irrigar e o volume de água a ser utilizada. Os estudos ajudarão o consumidor a controlar o uso dos recursos hídricos em tempo de escassez.
O sensor batizado por tensiômetro de diedro mede a força com que a água é retida no solo e indica o momento certo da irrigação. O equipamento não requer manutenção de funcionamento e poder ser utilizado no campo, em laboratório e em jardinagem.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Adonai Calbo, responsável pela criação do sensor, ao irrigar as plantas de forma adequada o produtor rural pode ter uma economia de até 40% no consumo.
Cada tipo de planta exige uma quantidade de água. Atualmente, o produtor vai muito pelo instinto, mas água em excesso pode levar à falta de oxigênio na raiz da planta e ainda causar doenças. Quando é irrigado em menor quantidade, a água pode ficar retida fortemente no solo, inibir o crescimento e reduzir a produtividade”, diz Calbo.
O equipamento também tem uso doméstico ao medir a necessidade de água em vasos de plantas. Dessa forma, o tensiômetro impedirá o excesso de irrigação, evitando que ocorra no ambiente a proliferação de mosquitos da dengue.
O sensor já foi patenteado e despertou o interesse da indústria agrícola. O produto está em fase de desenvolvimento para ser comercializado até o final do ano. Segundo o empresário Luis Fernando Porto, parceiro nesta tecnologia com a Embrapa, o equipamento será vendido por até R$ 15.
“A empresa licenciou a patente por ser um produto que não existe no mercado brasileiro nem no [mercado] mundial. É uma inovação tecnológica. O produto não precisa de pilha, só colocar em cima do solo que terá a leitura do quanto a água está retida no solo. O produtor utilizando esse sensor vai saber exatamente qual o momento de irrigar, quando aquele solo está precisando de água”, explicou Luis Fernando.
Uma empresa internacional também tem contrato de transferência de patente do sensor. A vantagem do controle de irrigação independe do clima da região em que será utilizado. Ele regula tanto o excesso, em tempos de chuva, quanto a falta, em época de estiagem. “É uma ferramenta de baixo custo e pode entrar na cultura do agricultor que não tem o hábito de controlar a quantidade de água na irrigação”, ressaltou o empresário. Segundo ele, o equipamento é adequado de acordo com o tipo de solo e da planta cultivada.
Edição: Marcos Chagas