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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Fundacentro: Impactos da Nanotecnologia na Saúde e Meio Ambiente

Pesquisadora da Fundacentro profere palestra sobre impactos da nanotecnologia 

Programa de pós-graduação da instituição promove seminário sobre os impactos da nanotecnologia na saúde e no meio ambiente 


Pesquisadores de diversos países vêm discutindo os “Impactos da Nanotecnologia na Saúde e Meio Ambiente”, a Fundacentro também preocupada com essa questão promoveu no dia 16 de setembro de 2013, nas suas dependências, o seminário que abordou o tema.

A pesquisadora da Fundacentro, Maria Gricia de Lourdes Grossi, ministrou a palestra. O evento faz parte do Programa de Pós-Graduação da Fundacentro, no qual promove seminários de pesquisa que agreguem ao aluno uma concepção científica sobre as relações entre trabalho, saúde e ambiente.

A pesquisadora expôs que a nanotecnologia pode ser aplicada em diversas áreas, dentre elas estão as indústrias: química, têxtil, metalúrgica, eletroeletrônica, construção civil e, também, no meio ambiente e na saúde. Estima-se que até o ano de 2020, o número de profissionais trabalhando com a nanotecnologia chegará até 6 milhões.

Continuando a palestra, Gricia ressaltou que os riscos possíveis relacionados às nanopartículas na vida humana e ao meio ambiente provocam uma preocupação no que diz respeito aos aspectos de segurança e saúde no trabalho, isso porque a nanopartícula não tem uma definição única e que normalmente contém dimensões de 1 a 100 nanômetros.

Conforme a especificação técnica da norma ISO/TS 27687 define nano objeto como sendo material com uma, duas ou três dimensões na escala nanométrica. Diante disso, os efeitos das nanopartículas na saúde e ao meio ambiente são ainda desconhecidos. “As propriedades físico-químicas das substâncias se alteram na escala nanométrica. A redução do tamanho aumenta a área superficial, tornando a da substância mais reativa, além dos efeitos quânticos que são predominantes nesta escala, por exemplo, o alumínio que usamos para diversas funções em nosso dia-dia, em nanoescala é usado como combustível para foguete espacial”, enfatizou Grossi.

Gricia mencionou sobre a exposição às nanomateriais que também é considerada uma questão difícil no aspecto métrico que se deve avaliar. “Para o nanomaterial usa-se o valor da massa, porém os estudos apontam que na escala nano – o número de partículas – tal como a área superficial são mais representativos que a massa”, salientou a pesquisadora.

Em contrapartida, o investimento em nanotecnologia atualmente no mundo chega em torno de 95% na área de pesquisa e inovação, sendo que a porcentagem de 5% fica destinada às pesquisas em avaliação dos riscos a vida humana e ao meio ambiente.

“No Brasil, o investimento e o incentivo do desenvolvimento da nanotecnologia também tem crescido. No mês passado, foi lançada, a Iniciativa Brasileira em Nanotecnologia, com investimentos federais previstos de R$ 440 milhões até 2014”, finalizou Gricia.

A pesquisadora faz parte do projeto da Fundacentro sobre nanotecnologia que tem como objetivo difundir os conceitos de nanotecnologia e seus possíveis impactos na saúde dos trabalhadores, no mundo do trabalho e no meio ambiente.

Gricia Grossi estará presente no X Seminário Internacional: Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente. O evento ocorrerá de 14 e 18 de outubro, a pesquisadora fará parte da mesa redonda que discutirá o tema “Nanotecnologia e Meio Ambiente”, no dia 15.

O pesquisador da Fundacentro/SP, Eduardo Garcia Garcia, ministrará nesta segunda-feira, 23/09, das 10h às 12h, o seminário com o tema “Para que serve e como funciona um periódico científico?”

Fonte: FUNDACENTRO