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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ANVISA e ABDI promovem Ciclo de Diálogo sobre nanotecnologias


O panorama mundial da nanometrologia e a inserção do Brasil no uso desta tecnologia é o tema da oficina temática, que acontece nesta quinta-feira (17), em Brasília. O evento abre o Ciclo de Diálogo sobre nanotecnologias com o objetivo de reunir governo, indústria e academia para discutir a atual posição do Brasil frente ao contexto mundial de nanometrologia, ciência de medição em escala nanométrica que permite um uso confiável das técnicas de nanotecnologia.

O evento faz parte de uma série de discussões que a Anvisa vem promovendo sobre tecnologias de fronteira em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Para o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, trata-se de uma discussão fundamental para que o Brasil acompanhe a fronteira do desenvolvimento de produtos na área da saúde. “Um dos desafios da regulação é acompanhar o ritmo de desenvolvimento da tecnologia, até para que a nossa indústria possa se colocar em uma posição de liderança em um contexto de promoção do complexo indústrial da saúde no Brasil”, afirmou Barbano.

Um dos palestrantes do evento é o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ary Corrêa. Segundo ele não há no mundo um marco regulatório para a nanotecnologia, apesar de haver uma grande demanda que explore essa área. Segundo ele, ao mesmo tempo, há uma pressão social no sentido de comprovação da real eficácia, riscos e preocupação com segurança. “O Brasil já está preocupado com o assunto e vem realizando fóruns de discussão a fim de firmar posição assegurando a soberania nacional para não sermos engolidos por nenhuma regulamentação internacional”, observa o professor.


Entre os participantes estão representantes da Anvisa, dos ministérios da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Senai, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e empresários dos setores de cosméticos e saúde.

Desde 2012, o Núcleo de Educação, Pesquisa e Conhecimento da Anvisa vem promovendo discussões sobre o tecnologias de fronteira com a realização da Discussão temática sobre Nanotecnologias, do Seminário de Inovação Tecnológica e do Curso Básico sobre Nanotecnologias. Em parceria com a ABDI, a Anvisa iniciará ainda este ano discussões sobre Medicina Regenerativa, com um curso básico sobre o assunto.

Em 2013, o ciclo será constituído de duas oficinas temáticas, sendo a segunda prevista para o dia 3 de dezembro e será voltada para o tema “Nanotoxicidade e Análise de Riscos” e a terceira “Regulação” prevista para 2014, em data ainda a ser definida.

Em parceria com a ABDI, a Anvisa também iniciará, ainda este ano, discussões sobre Medicina Regenerativa, com um curso básico sobre o assunto.
Local: Brasil 21 Cultural – SHS Quadra 6, Complexo Brasil 21 (mesma entrada do hotel Meliá Brasil 21)Horário
: 9h às 17h

Confira a 
programação.



Fonte: ANVISA

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Capes aprova Programa de Engenharia da Nanotecnologia

nanotechnology2

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) acaba de aprovar os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Engenharia de Nanotecnologia (PENT) da Coppe com conceito 5, avaliação máxima para um programa novo. 

Proposta inovadora no cenário científico e tecnológico nacional, o PENT oferecerá os primeiros cursos de engenharia de tecnologia do Brasil e sua criação é um dos marcos das comemorações dos 50 anos da Coppe.

Segundo o professor Sérgio Camargo, coordenador do PENT, a aprovação pela Capes é apenas o início e muito ainda resta a ser feito. Será preciso consolidar o novo programa sob os pontos de vista administrativo, financeiro e acadêmico, além de estabelecer parcerias e colaborações com outras Instituições no Brasil e no exterior. "Enfim, precisamos seguir, à semelhança dos demais programas, um longo caminho rumo à excelência que tão bem nos caracteriza. Mas a criação do PENT no mesmo ano em que se comemoram os 50 anos da Coppe demonstra que nossa instituição ganha maturidade, olha para o futuro e se moderniza para acompanhar as demandas de seu tempo e do Brasil", diz ele.

O diretor da Coppe Luiz Pinguelli Rosa também destaca a relevância do novo programa: “É muito importante a criação desse novo curso engenharia voltado para a nanotecnologia, especialmente tendo recebido a avaliação 5 da Capes. Outros programas da Coppe vão colaborar para essa nova atividade, com seus laboratórios e professores, mas haverá matriculas específicas para essa nova pós-graduação”, explica Pinguelli.

Para o vice-diretor da Coppe, professor Edson Watanabe, o PENT será importante no desenvolvimento de novas técnicas e produtos para os mais diversos setores. “O mundo inteiro está investindo em nanotecnologia, setor que fará a diferença no setor industrial e na engenharia em geral. A Coppe já tinha várias iniciativas isoladas que utilizavam a nanotecnologia em seus mais variados programas, e a união de todas elas certamente vai gerar muita inovação”, disse ele.

Sergio Camargo
O professor Sergio Camargo lembra ainda que o Brasil precisa se atualizar no ensino da nanotecnologia e a engenharia é a ponte entre o conhecimento básico e a aplicação. “A criação do PET resultou da percepção de demandas de diversos setores da sociedade. Congregando competências estabelecidas e formando recursos humanos altamente especializados na área, o PENT contribuirá para a criação de tecnologia própria no setor, gerando soluções para novos desafios e fomentando a inovação nesta área estratégica.”

Ciência em nova escala
Nanotecnologia é a tecnologia de manipular, controlar, projetar, simular, desenvolver, executar e fabricar objetos, estruturas, dispositivos e sistemas na escala de tamanhos entre 1 e 100 nanômetros, aproximadamente, que apresentem novas propriedades, funções ou desempenho devido às suas dimensões reduzidas. 

Concebida no final da década de 50, a Nanotecnologia ganhou impulso durante as décadas de 80 e 90 do século passado, passando a contar com o forte apoio e planejamento por parte dos governos dos países mais desenvolvidos a partir dos anos 2000.

Os avanços alcançados até hoje nas diversas áreas da ciência e da tecnologia apontam para um papel cada vez mais importante da nanotecnologia em praticamente todos os setores do conhecimento, da economia, e da vida dos seres humanos. 

Analistas preveem que a nanotecnologia será um dos vetores que propiciará o equivalente a uma nova revolução industrial, e que seu impacto sobre a nossa sociedade será muito superior àqueles provocados pela eletrônica, informática ou comunicações.


Fonte: Coppe/UFRJ